Nesta última sexta feira aconteceu o jogo final da decisão entre Flamengo e Atlético Mineiro pela Copa do Brasil sub 20. O primeiro jogo em Belo Horizonte ficou no empate de 1 x 1 e neste segundo jogo na Ilha do Urubu, novamente a partida terminou com empate desta vez de 0 x 0, sendo o título disputado em pênaltis. O Atlético acabou sagrando-se campeão da Copa do Brasil de 2017 na categoria sub 20 anos.
Embora no futebol todo título deve ser comemorado, as categorias de base não existem para ganhar títulos e sim para formar bons jogadores para que o time de profissionais ganhe títulos. Aliás existe uma crítica pelos especialistas que o nosso futebol está mudando de características em função da maneira que os professores tem trabalhando na base. Atualmente se cobra muito a aplicação tática e isto inibe o futebol moleque como é chamado no vocabulário futebolístico. Um jeito de jogar que se caracterizou o futebol brasileiro, onde a habilidade se destaca pela irreverência do jogador.
Voltando ao futebol de base, esta atual gestão do Flamengo, além de estar trabalhando a questão financeira como estratégia de sustentabilidade e consequente melhoria de desempenho em campo, tem também buscado uma estratégia que além de abastecer o campo com bons jogadores, também abastece os cofres com a venda de “diamantes humanos”.
O Flamengo tem participados das finais dos principais campeonatos e torneios que suas categorias de base tem participado, seja a nível regional ou mesmo nacional. O Flamengo tem fornecido jogadores para a seleção brasileira nas categorias sub 15, sub 17 e sub 20. A safra de bons jogadores do time que foi campeão da copa São Paulo de Futebol Júnior do ano passado, vários estão na atual equipe de profissionais aguardando oportunidades, sendo que o lateral esquerdo Jorge foi vendido por uma valiosa quantia. Da equipe que disputou este ano o mesmo torneio também já tem vários em estágio de Ascenção para o profissional, sendo que entre esses está Vinicius Júnior que acaba de ser vendido pelo segundo maior valor já negociado no Brasil, perdendo somente para a negociação do Neymar. O principal desafio hoje é como lançar esses jogadores com menores riscos. Existe inclusive alguns críticos que entende que o atual gargalo da produção de craques do Flamengo está exatamente na transição da base para os profissionais.
Portanto, o Flamengo que na era Zico, tinha um slogan que dizia: “Craque o Flamengo faz em casa”, isto parece que está voltando a acontecer. Era uma fábrica de craques que novamente voltou estar em operação.
Pelo menos essa é a minha opinião!