Se tem uma coisa que a cantora Anitta não está, nos últimos dias, é “paradinha” — como batizou seu mais recente single, cantado em espanhol e com clipe gravado numa estação de metrô e num supermercado de Nova York. Em 24 horas, o vídeo da música, lançado no dia 31 de maio, teve 5 milhões de visualizações, tornando-se, assim, a maior faixa de estreia do YouTube brasileiro no ano (até o fim da tarde de ontem, as visualizações já ultrapassavam 27 milhões). “Paradinha” é apenas o mais recente movimento que a carioca de 24 anos, principal estrela pop nacional de sua geração, tem feito para se lançar no mercado internacional.
— Eu venho viajando e estudando isso há uns dois anos e meio — conta a cantora, que faz aulas para reforçar seu inglês e começou a aprender espanhol (tanto quanto sua agenda permite).
A verdade é que os primeiros passos do salto de Anitta para além-mar até que estão bem “movimentadinhos”. Na mesma semana em que “Paradinha” chacoalhou as redes sociais, o grupo de música eletrônica Major Lazer, liderado pelo badalado produtor Diplo — que costuma babar pela carioca na internet —, lançou um EP que continha a faixa “Sua cara”, cantada por Anitta e pela drag queen Pabllo Vittar, reproduzida cerca de 9 milhões de vezes no YouTube desde o último dia 1º.
No intervalo de apenas uma semana, a carioca esteve ainda no programa “The tonight show com Jimmy Fallon”, sucesso de audiência na TV americana, exibido no Brasil pelo GNT. Lá, Anitta acompanhou a rapper Iggy Azalea e, juntas, promoveram o single “Switch”, lançado pela australiana com participação, em inglês, da brasileira.
“Anira” (como seu nome é pronunciado nos EUA) parece manter os pés no chão. Desde que rompeu, em 2014, com a empresária Kamilla Fialho — separação que resultou num imbróglio judicial que pode fazer a artista pagar até R$ 12 milhões à ex-agente —, a cantora jura que é ela quem cuida pessoalmente da “empresa” Anitta e de seus 50 funcionários.
— Decidi me empresariar por não conseguir encontrar alguém que combinasse comigo e com o meu estilo. Eu amo ser minha própria empresária e isso me ajuda a quebrar preconceitos. Não é porque você é bonita, trabalha a sensualidade, usa roupa curta que você não é inteligente, não tem capacidade, não tem talento.
Agora, ela espera os resultados de “Paradinha” para desenhar os próximos passos:
— Eu preciso me planejar de acordo com a resposta do público. Não há como ter certeza de que o sucesso vai acontecer. Então, estou esperando. A partir dessa resposta, dos números e do feedback que eu tiver, vou planejar o resto.
Fonte: O Globo.